Ninguém espera vivenciar uma situação tão grave, mas basta um instante para transformar um trajeto tranquilo em pânico: um incêndio veicular. De acordo com dados atualizados do Corpo de Bombeiros do Ceará, só em 2024 houve um aumento de quase 23% nos casos. Mas o que leva um automóvel moderno – ou antigo – a pegar fogo? E, diante do inesperado, como agir?
Por que veículos pegam fogo?
Incêndios em carros não se restringem apenas a modelos velhos. Muitas vezes, um automóvel quase novo também pode virar cinzas em minutos. Pode ser chocante, mas acontece.
Entre as principais razões, destacam-se:
- Fios desgastados, principalmente em sistemas elétricos mais antigos;
- Instalação de acessórios sem observação das recomendações técnicas, como sistemas de som paralelos ou alarmes;
- Vazamentos de combustível;
- Superaquecimento do motor;
- Defeitos de fabricação, mesmo em carros modernos;
- Armazenamento de objetos inflamáveis dentro do carro ou no porta-luvas;
- Acidentes de trânsito onde há rompimento dos sistemas de combustível ou impactos elétricos.
O desgaste natural é traiçoeiro: borrachas ressecam, fios perdem isolamento ao longo dos anos. Já vi casos em que uma simples troca de som automotivo, feita sem cuidado, resultou em curto-circuito. É rápido: o cheiro de fumaça, um estalo diferente, e de repente…
Como a manutenção (ou a falta dela) muda tudo
Segundo recomendações do Corpo de Bombeiros, a revisão periódica é um dos atos mais simples e eficazes para evitar tragédias. Troque mangueiras, inspecione fios, observe pequenas manchas úmidas sob o carro – elas podem ser combustível vazando, quase invisível e altamente perigoso.
Não subestime alertas do painel: luz da bateria acesa pode indicar fuga de corrente elétrica. Vazamentos de óleo sob o veículo também sinalizam perigo. Ligou o carro e sentiu cheiro de gasolina? Pare, veja se há manchas no chão, observe as conexões sob o capô.
Atenção aos acessórios
Às vezes pensamos que um acessório inofensivo não vai causar estrago. Só que, sem um profissional qualificado, instalar alarmes, módulos de vidro ou áudio pode gerar sobrecarga, derretimento dos fios e contato elétrico inesperado. Um caso relatado na Laborda Ventura envolveu a queima de um utilitário por conta de um rádio mal instalado. O prejuízo? Carro perdido, seguro negado por alteração não autorizada e início de uma longa disputa judicial.
O perigo mora nos detalhes: vazamentos de combustível
Gasolina e etanol evaporam fácil, e o vapor cria uma nuvem explosiva ao redor do carro. Se houver centelha, até uma pequena, o fogo se alastra em segundos. Estudos mostram que centenas de incêndios têm relação direta com vazamentos silenciosos. Nem todo problema aparece em vistorias rápidas, por isso vale redobrar o olhar após abastecimentos e revisões.
Carros modernos pegam fogo? E os elétricos?
Engana-se quem imagina estar 100% protegido porque o carro é novo. Muitos incêndios recentes envolvem SUVs e sedãs recém-saídos da garantia. Defeitos de fábrica, recall ignorado, sensores com pane: tudo pode se somar a outros fatores e causar faíscas fatais.
Já sobre carros movidos a eletricidade, levantamentos mostram que o risco de incêndio é muito menor em elétricos do que nos modelos a combustão. Ainda assim, curtos-circuitos em baterias de alta potência precisam de atenção, reforçando — mais uma vez — a necessidade de manutenções feitas por quem entende do assunto.
Diante do incêndio: o que fazer?
Mantenha a calma. O tempo é curto, mas seu sangue frio pode salvar vidas.
- Pare o carro imediatamente, desligue o motor. Se possível, tire o veículo de áreas movimentadas.
- Saia do carro rápido. Se houver crianças ou idosos, ajude primeiro os mais vulneráveis.
- Evite abrir o capô — a entrada de ar pode agravar o fogo caso ele esteja no motor.
- Se o incêndio estiver começando e sem grande intensidade, use o extintor apropriado (classe BC ou ABC). Dirija o jato para a base das chamas, com cuidado para não se machucar.
- Ligue para os Bombeiros imediatamente (193) e mantenha distância segura do veículo.
Conheço histórias impactantes: uma família fugiu a tempo graças ao cheiro diferente ao ligar o ar-condicionado; em outro caso, um motorista tentou combater as chamas com uma garrafa d’água e se feriu. Por isso, a recomendação de especialistas e entidades como o próprio Corpo de Bombeiros é: nunca arrisque sua vida se não tiver equipamento e treinamento.
A importância da perícia técnica
Após um incêndio, argumentos sobre culpa ou cobertura do seguro são quase inevitáveis. Muitas seguradoras recusam indenização se detectam acessórios não originais ou negligência na manutenção. Por isso, contar com uma perícia técnica independente, como a disponibilizada pela Laborda Ventura, pode ser decisivo para comprovar defeito de fábrica, falha de terceiros ou mesmo abuso do próprio motorista. Em disputas judiciais, esse laudo pesa a favor do consumidor e pode agilizar acordos e ressarcimentos.
Para saber mais sobre como garantir seus direitos em acidentes, confira artigos em nossa página sobre perícia em acidentes ou detalhes sobre prevenção de explosões e acidentes de trabalho.
Conclusão
Ver um carro ser consumido pelas chamas assombra qualquer pessoa. A verdade é essa: incêndios veiculares assustam, trazem perdas materiais e podem deixar sequelas emocionais e jurídicas. Mas a prevenção está (quase sempre) em nossas mãos — de cuidados banais no posto até a escolha da oficina. Quando o inesperado acontece, recorrer à perícia qualificada faz toda diferença para não ser injustiçado por terceiros ou pelo próprio seguro.
Informação, manutenção e assessoria técnica salvam vidas — e direitos.
Se você sofreu ou quer se proteger melhor contra incêndios veiculares, procure a Laborda Ventura. Conheça nossos laudos e serviços, fortaleça a sua defesa e conte com quem entende do assunto para subsídio técnico de verdade.
Perguntas frequentes sobre incêndios em veículos
Quais as principais causas do carro pegar fogo?
As causas mais comuns incluem falhas em componentes elétricos, instalação de acessórios sem observação de normas técnicas, vazamentos de combustível, superaquecimento, armazenamento de objetos inflamáveis e acidentes de trânsito. Carros antigos sofrem mais com desgaste de fios e mangueiras. Já modelos novos podem ser afetados por defeitos de fabricação ou recalls ignorados.
O que fazer se meu carro começou a pegar fogo?
Aja rápido: pare o veículo, desligue o motor, saia imediatamente com todos os ocupantes e mantenha distância. Use o extintor apenas se o fogo estiver no início e sua segurança não for colocada em risco. Jamais tente controlar grandes chamas sozinho. Acione os bombeiros pelo 193.
O seguro cobre incêndio no carro?
A cobertura depende do plano contratado e do motivo do incêndio. Normalmente, seguros abrangem incêndios acidentais, mas podem recusar indenização se detectarem acessórios ou alterações não informados, negligência de manutenção ou comportamento imprudente. Um laudo pericial independente pode ser essencial na disputa de direitos.
Como evitar que o carro pegue fogo?
Realize manutenção periódica, evite instalar acessórios sem garantia técnica, verifique mangueiras e fios, não transporte objetos inflamáveis e fique atento a ruídos ou cheiros diferentes. O painel do carro, luz de bateria e manchas no chão são sinais de alerta. Consulte profissionais para revisões e, se necessário, perícia especializada.
Quais os riscos de um incêndio veicular?
Além da perda total do veículo, as chamas podem gerar explosões, intoxicação pela fumaça e ferimentos graves aos ocupantes. O risco aumenta caso haja combustíveis ou produtos químicos dentro do carro. Os prejuízos materiais e até legais podem ser grandes, por isso a prevenção e a perícia correta, como defendido por projetos como a Laborda Ventura, são recomendadas em qualquer suspeita ou incidente desse tipo.